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quinta-feira, 9 de abril de 2009

A comunicação no século XXI - Caco Barcellos

Na segunda-feira, 06 de março, o jornalista Caco Barcellos esteve em Curitiba, para um bate-papo sobre a comunicação no século XXI, evento que foi transmitido via satélite para os vários campus da Uninter espalhados pelo país.
A palestra fez parte da programação em comemoração ao dia do jornalista, realizado pela referida universidade.
A Viax, parceira da Uninter em Blumenau, convidou os alunos de comunicação do Ibes, Furb e Uniasselv para assistir. Um 0800 permitiu que fossem feitas perguntas ao vivo.
Por duas horas o jornalista falou sobre a imprensa brasileira, ética, jornalismo comunitário, reportagem investigativa, etc.
Um dos participantes que assistiam no estúdio perguntou sua opinião sobre a imprensa brasileira, quais os pontos fortes e fracos. A análise foi muito interessante. Ele disse que "não podemos nos esquecer que no Brasil há uma pequena Suíça e uma grande Etiópia" e que " a imprensa está preparada para cobrir a 'Suíça', mas não sabe direito como agir diante da 'Etiópia'. Nossa imprensa está sempre falando para a classe média/alta".
Para Barcellos, o repórter não deve preocupar-se apenas em contar a notícia em primeira mão, mas deve contá-la da melhor forma possível, contextualizando os fatos, ou seja analisando de vários ângulos e localizando as origens. Citou como exemplo o caso Maníaco do parque e disse que um repórter contextualizador mostraría para a sociedade quais são as chances da ocorrência de crimes como estes, ou quantas pessoas desenvolvem este tipo de distúrbios mentais e não apenas eploraría de forma sensacionalista.
Com toda a experiência que tem, o apresentador do Profissão Reporter (Rede Globo), disse que no jornalismo investigativo não pode haver polêmica. É fundamental a certeza de que cada palavra dita possa ser comprovada e que o acusado é a pessoa que merece maior respeito, sempre.
Um participante, via telefone, disse que a imprensa têm contribuído para resolver muitos crimes, principalmente políticos no Brasil. Sobre esse assunto o jornalista disse que é preciso haver muita cautela e que a mídia não deve fazer o papel da justiça.
Caco também usou o caso Suzane Hichtofen, para ilustrar seu conceito de preconceito de classe. Segundo ele, no mesmo dia em que ocorreu aquele crime, foram asassinadas mais de cinquenta pessoas em São Paulo, mas esses casos não foram cobertos pela imprensa e muitos deles foram arquivados pela polícia, por "falta de provas". A polícia precisava apresentar um desfecho ao caso da filha que matou os pais.
Algumas declarações do jornalista mostraram sua autoridade quando o assunto é comunicação. Ele disse, por exemplo, que os meios de comunicação no Brasil são controlados por uma meia-duzia de agentes que não representam a maioria da população e que a sociedade é pouco crítica. Sente-se envergonhado porque alguns colegas sempre utilizam materiais trazidos por terceiros, como vídeos feitos pela policia, gravações e fotos amadoras, ao invés de ir à campo e investigar a notícia.
Sobre liberdade de imprensa disse: " A liberdade é a liberadade do dono do veículo. É claro que isso não significa que não devemos lutar por respeito às nossas opiniões".
Uma colega, aqui de Blumenau, ligou e perguntou sua opinião sobre os programas que misturam publiciade com notícia na televisão. Ele citou seu amigo Juca Kfuri, que diz que "a TV está cheia de canastrão fazendo Merchan". Sorriu e mudou de assunto.
Como não podia deixar de acontecer, foi convidado, por um professor de comunicação da Uninter, a aconselhar os estudantes de comunicação. Seu único conselho: " estude numa faculdade que te prepare para a realidade do mundo e leia muito".

2 comentários:

Anônimo disse...

Acho interresantes.
eu como critico de sites acho que poderia valer mais se apresentaces mais informaçao

boa sorte

Anônimo disse...

Estava a procurar barcelos (cidade de bbarcelos ) em portugal e me aparece um carabrasileiro

xd

concordo pelenamente com ananino de cima